FORMAÇÃO DE PROFESSORES DOS CURSOS DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA

  • Thomas Edson Filgueiras Filho Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São Paulo
  • Vicente Nogueira Filho
Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Formação de Professores

Resumo

O profissional de engenharia ou de tecnologia cria dispositivos, estruturas ou processos  a partir do conhecimento local de necessidades. Sem tal conhecimento, torna-se um mero reprodutor, perdendo seu caráter inventivo e perpetuando o modelo da imposição da tecnologia convencional feita pelos mercados dos países centrais aos países periféricos. Para tanto, devemos olhar a formação de seus docentes para além do conhecimento de repertório, de forma que estes promovam em suas atividades a criatividade e a inovação dos discentes. Destacam-se, os tipos de formação imprescindíveis a estes professores para um bom desempenho de seu trabalho, os tipos de conhecimento e de saber-fazer, que permitem aos professores desempenharem seu trabalho de maneira eficaz, e que competências os professores deveriam ajudar seus alunos a desenvolverem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória, baseada em leitura, análise e interpretação de livros e trabalhos acadêmicos, utilizando-se a metodologia descritiva e qualitativa. Busca-se formatar habilidades imprescindíveis que um professor deve possuir, em específico, um professor de um curso de tecnologia ou de engenharia, passando pelas definições do que são ensino e aprendizado, e pela reflexão antes e depois de uma aula.

Biografia do Autor

Thomas Edson Filgueiras Filho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São Paulo
Professor do DEpartamento de Elétrica do Campus São Paulo do IFSP.

Referências

ALARCÃO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Editora Artmed, 2001.

BARROSO, João. Formação, projecto e desenvolvimento organizacional. In: CANÁRIO, Rui (org.). Formação e situações de trabalho. Porto: Porto Editora, 2003, p. 61-78.

BAZZO, Walter Antonio. Ciência, Tecnologia e Sociedade: e o contexto da educação tecnológica. Florianópolis: Editora da UFSC, 1998.

BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. In: Revista Brasileira de Educação. Anped, 2002, nº 19, p. 20-28.

BRASIL, Ministério da Educação, Conselho Federal de Educação, Câmara do Ensino Superior. Resolução nº 11 de 11 de março de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia.

BRASIL, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea. Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

CARGNIN-STIELER, Marinez; TEIXEIRA, Marcelo C. M.. Ensino de engenharia e formação pedagógica: uma aproximação necessária. In: Anais do Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia. COBENGE 2012, Belém - PA, Brasil, 2012.

CONTRERAS, José. Contradições e contrariedades: do profissional reflexivo ao intelectual crítico. In: ____. Autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2000, p.133-188.

CUNHA, A. G. Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2. ed. 9ª imp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

DOMINGUES, Isaneide. A organização-escola e a formação contínua do docente. O coordenador pedagógico e o desafio da formação contínua do docente na escola. Doutorado em Educação. São Paulo: FEUSP, 2009, p.109-128.

GARCÍA. Carlos Marcelo. Desenvolvimento Profissional dos Professores. In: ____. Formação de Professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999, p. 133-146.

____. Formação de Professores – Para uma mudança educativa. In: ESTRELA, Maria Teresa e ESTRELA, Albano (orient.). Formação de Professores Principiantes. Tradução Isabel Narciso. Porto: Porto Editora, 1999.

IMBERNÒN, Francisco. A formação continuada deve agir sobre as situações problemáticas dos professores. In: ____. Formação continuada de professores. São Paulo: Artmed, 2010, p. 54-61.

JEAN Piaget. Coleção Grandes Educadores. Atta Mídia e Educação. Roteiro e apresentação: Yves de La Taille. Brasil: Paulus Editora, 2006. 1 DVD (57 min.): son., a cores e a preto e branco. Port.

KNOWLES, Malcolm S.; HOLTON, Elwood F.; SWANSON, Richard A. The adult learner: The definitive classic in adult education and human resource development. 6. ed. Burlington: Elsevier, 2005.

KRICK, Edward V. Introdução à Engenharia. Tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S.A., 1970.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 34.reimp.São Paulo: Editora Cortez, 1994.

LIBERALLI, Fernanda Coelho. Formação Crítica de Educadores: Questões Fundamentais. São Paulo: Editora Pontes, 2010.

LUCAS, Josimas Geraldo. Unidade teoria-prática: construção dos saberes, fazeres e pensares. In: ____. A teoria na formação do educador: análise dos “Grupos de Formação Permanente” de professores da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Educação). São Paulo: PUC, 1992.

MASETTO, Marcos T. O Professor na Hora da Verdade: A Prática Docente no Ensino Superior. São Paulo: Editora Avercamp, 2011.

MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. Tradução Cecília Whitaker Bergamini, Roberto Coda. 12. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.

NÓVOA, Antonio. Formação de professores e profissão docente. In: ____. (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações DomQuixote, 1995, p.15-33.

ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - OCDE. Manual de OSLO: Proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica. [S.l.]: FINEP, 1997.

O'DWYER, Aidan. Level 7 subject: analysis and actions. Teaching and assessment of students taking a first year, Dublin Institute of Technology. 2008. Disponível em: http://arrow.dit.ie/engscheleart/11/. Acesso em: 26 set. 2012.

PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: ____. (org.) Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999, p. 15-34.

PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 17-52.

SACRISTÁN, J. Gimeno; GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. 4.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

SANTANA, Lílian Rose Aguiar Nascimento Garcia de. Quando engenheiros tornam-se professores. 2008. 179 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá: 2008.

SCHÖN, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

____. Formar professores como profissionais reflexivos. In A. Nóvoa (Coord.) Os Professores e a sua Formação. Lisboa: Dom Quixote e HE, 1992.

____. The Reflective Practitioner: How Professionals Think in Action. New York: Basic Books, Inc, 1983.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez Editora, 2000.

SILVEIRA, Marcos Azevedo da. A formação do engenheiro inovador: uma visão

Internacional. Rio de Janeiro: PUC-Rio, Sistema Maxwell, 2005. 141 p.

RIOS, Terezinha A. Compreender e Ensinar: Por uma docência da melhor qualidade. 8. Ed. São Paulo: Cortez, 2010.

ZIMRING, Fred. Carl Rogers. Tradução e organização: Marco Antônio Lorieri. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

Publicado
2017-05-16
Seção
Especial Formação de Professores